Um desejo de manter viva a história das oficinas

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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Resultado da primeira parte da pesquisa de campo na Comunidade Passo das Pedras.

Bom dia, boa tarde, boa noite... caro visitante, estamos postando os primeiros resultados de nossa pesquisa de campo que alcançou 40 casas, tendo um questionado por casa.


Conforme observa-se nos gráfico 1 e 2, correspondentes as questões 1 e 7, a maioria dos moradores do bairro gostam de rádio e também de música. A percepção frente a estes dados é que a concepção de rádio está ligada a música contudo, não é esta a verdade. A rádio trata-se de um dos meios de comunicação em massa que conforme Oliveira (2003) foi introduzido com sentido de educar a cultivar cultura. O autor exemplifica ao observar que Edgar Roquete Pinto, em 20 de Abril de 1923 inaugurou uma rádio no Rio de Janeiro, tendo o meio de comunicação como "um laboratório vivo" / "usada como meio de levar educação para muitos rompendo os muros da escola formal". O mesmo autor refere que o rádio educativo (veja bem o artigo data de 2003) ao longo de seus 80 anos teve 3 fases: a fase pioneira (1923-1928); na segunda fase houve a criação de redes educativas via rádio (1929-1940), e assim por diante - vale a pena ler o artigo onde fica grifada a intencionalidade dos investimentos em rádio - que consolida o compromisso de radialistas com a educação.
Está certo, Seeger (1992) refere em seus estudos que a Música"é um sistema de comunicação que envolve sons estruturados produzidas por membros de uma comunidade que se comunicam com outros membros" / "sons humanamente organizados" / "envolve conceitualização humana, comportamento, sons e avaliação dos sons" / "a música está tão enraizada em culturas de sociedades específicas quanto a comida, a roupa e até a linguagem".
 O que quiz dizer com "Está certo!"? - é que acima eu comentei "Conforme Oliveira (2003) o rádio foi introduzido com sentido de educar a cultivar cultura" e se música traduz cultura, logo o rádio tem o compromisso também com disseminá-la, traduzindo, compromisso de tocar música no sentido de caracterizar uma comunidade (que venha a transparecer sua cultura). Desta forma com a expressão "Está certo!" quis dizer que eu me desculpei, reconheci que estava sendo radical, adquiri um novo saber ou novo pensamento onde considerei a música como cultura e portanto ela pode perceber uma ligação com a rádio, em outras palavras, pode ao falarmos rádio, lembrarmos de "música".

Com referencia aos gráficos 3, 4 e 5 sendo estes referentes as questões 2, 3 e 4 respectivamente, questões que se assemelham-se visto que referem-se ao turno em que preferencialmente os questionados ouvem rádio,  a frequência com que ouvem (não a frequência que ouvem, ou seja toda a semana, em média 2 x na semana e assim por diante) e quantos rádios possuem em casa.
Indico primeiramente a leitura do artigo "A rádio nossa de cada dia"  de Marlene M. Blois; que refere-se a influência da rádio na vida do ouvinte.


Segundo Blois (1996, p.1) brasileiro não vive sem rádio,muito embora ele até não tenha rádio em casa, sempre tem um no seu trabalho, ou que ouve quando esta se deslocando (tocando no ônibus; no carro; pelo celular). Para o autor o rádio é um continuamente usado, tanto que nem mais percebe-se que ele está ligado,    para a abordagem ele destaca vário tipos de rádio "o rádio-relógio, o rádio toca-fita ou CD, acoplado ou possante; três em um (da sala); receptores AM/FM de formatos e tamanhos diversos espalhando-se por toda a casa. Rádio portátil, a pilha, liberado da eletricidade [...]. Rádio que anda de carro e de caminhão por este mundo de Deus".
Desta forma Blois (1996) produz um artigo científico, aprovado em banca, e publicado em revista (Comunicação & Educação de São Paulo), não é brinquedo não, tem poesia, traços do autor, mas lendo mais adiante é bem fundamentado.






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